Friday, May 25, 2012

Avaliação: Novo Caminhão Iveco Tector no Brasil

25/05/2012 Carros do Álvaro — Italiana atualiza Tector e expande linha para brigar no disputado segmento de semipesados.
O segmento de semipesados – entre 16 e 35 toneladas de peso bruto total – é aquele que toda marca de caminhão que se preze tem de estar presente. A questão é de pura escala. Em 2011, quando foram vendidos 172 mil caminhões no Brasil, mais de 65 mil ou 40% faziam parte deste setor. Além disso, estes modelos fazem uma espécie de ponte entre os de entrada, mais básicos, e os pesados, sempre recheados de equipamentos. Algo parecido com o que os modelos médios significam entre os automóveis. E, ao atualizar o seu representante no segmento para o Proconve P7, a Iveco também resolveu aprimorar a estratégia. Relançou o Tector com 41 opções de configurações possíves, incluindo uma inédita com cabine leito e teto alto.

Assim, agora o Tector conta com três opções de cabine, um motor com duas calibrações, três transmissões, três tipos de tração e quatro entre-eixos. O modelo também passa a ter duas versões de acabamento, com propostas e aplicações bem distintas. De acordo com a marca italiana, esse foi o maior programa de desenvolvimento realizado pela Iveco fora da Europa.
De fato, a marca fez algumas alterações importantes no Tector. A começar pelo motor. Ele é um de seis cilindros em linha, 6 litros de capacidade e com sistema SCR para o tratamento dos gases de escape, com o uso do aditivo Arla 32 para diminuir a emissão de poluentes na atmosfera. São dois níveis de força. Na opção mais fraca, são 218 cv e torque de 69,3 kgfm entre 1.200 e 2.100 rpm. O antigo tinha 210 cv e torque idêntico. Na calibração mais potente, o propulsor desenvolve 280 cv – 30 cv a mais que o modelo antigo. O torque se manteve em 96,8 kgfm, mas agora aparece entre 1.250 e 1.950 rotações – antes tinha pico nos 1.250 giros. A marca promete um consumo 5% menor nas duas configurações. As transmissões permanecem as mesmas. Continuam, portanto, as manuais de seis e dez marchas feitas pela Eaton e a de nove, fabricada pela ZF.

Para as versões mais equipadas, a Iveco apostou no conforto. A introdução da cabine leito com teto alto é um exemplo disto. A suspensão individual do habitáculo também foi renovada com molas helicoidais e amortecedores nos quatro pontos de fixação. O interior também foi renovado com novo desenho do painel de instrumentos, novo volante e forração dos bancos.
A linha é dividida entre a versão Tector Attack, voltada para a aplicação urbana, e a Tector, direcionada para o uso rodoviário. Ambas possuem opção de tração 4X2 e 6X2. A de entrada tem para-choque com pintura preta e alguns equipamentos a menos. De série, vem com volante com regulagem de altura, escotilha no teto e o banco duplo do passageiro. Na versão mais requintada, o Tector traz ar-condicionado, vidros elétricos e para-sol externo. Entre os opcionais, estão as travas e retrovisores elétricos, rádio, rodas de alumínio, tanque extra de combustível e os faróis de neblina. Os preços variam de R$ 147 mil para o Attack 4X2 e chegam a R$ 255 mil na topo de linha, chamada de Tector Stradale 6X2. Ainda há uma opção off-road, com tração 6X4, para-choque mais "parrudo", suspensão ligeiramente elevada e piso de borracha reforçada.

A intenção da marca italiana é vender cerca de 4.500 unidades do Tector esse ano – uma média de 550 unidades mensais – e aumentar sua participação no setor. Quando foi lançada a primeira geração em 2008, a Iveco tinha 3% do mercado de semipesados. Em 2011, o número subiu para 7,4%. A expectativa agora é crescer um ponto percentual por ano. Em termos do mercado em geral, o discurso da Iveco não difere muito ao das outras montadoras de caminhões que atuam no Brasil: apesar da expectativa generalizada de uma provável melhora nas vendas no segundo semestre, uma queda entre 15% e 20% é esperada para 2012.
Primeiras impressões

Simplicidade amplificada

Praia do Forte/Bahia – A direção de um semipesado reflete bem o que ele significa no segmento de caminhões. A condução traz a simplicidade e facilidade dos modelos menores, mas em uma embalagem maior e mais refinada. Ainda mais na versão testada, a urbana Tector Attack. Apesar de dura, a transmissão de seis velocidades é simples de se usar. É preciso fazer alguma força para engatar as marchas, mas a embreagem é macia. O momento exato para a troca é facilitado com indicações coloridas no conta-giros.

O motor é competente e mostra sua força já em rotações baixas. As relações são curtas, como poderia se esperar, e são necessárias muitas trocas de marcha. A direção é extremamente leve. Claro que o imenso porte do caminhão, que pode chegar a 5,67 metros só de distância entre-eixos, dificulta qualquer manobra, mas o conjunto é de simples operação. Um tanto exagerado é o som do sinal avisando que a seta está ativada. Parece aquele alto apito intermitente que avisa que o caminhão está dando ré.
por Rodrigo Machado - Auto Press
Fonte: MotorDream

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