Monday, June 4, 2012

Fábrica da Renault no Paraná trabalha em plena capacidade para atender a demanda

04/06/2012 Carros do Álvaro — Marca francesa demonstra vigor no mercado brasileiro e quer alcançar 7% de participação até o fim deste ano.
A fábrica da Renault em São José dos Pinhais (PR) trabalha em plena capacidade para atender a demanda do mercado nacional. Com a produção já aquecida desde o início do ano, a companhia precisa agora acelerar ainda mais para conseguir responder ao aumento da procura nas concessionárias provocado pela redução do IPI e, assim, alcançar a meta de conquistar 7% de market share até o fim deste ano.

No primeiro quadrimestre a montadora caminhou no sentido oposto ao do mercado. Enquanto as vendas totais encolheram 3,2% entre janeiro e abril, os emplacamentos da marca francesa aceleraram 29,5% na comparação com o mesmo período do ano passado, para 68,8 mil unidades. A montadora conquistou 1,7 ponto porcentual de participação e encerrou abril com uma fatia de 6,7% do mercado nacional.

Apesar de o porcentual já estar próximo da meta de market share para este ano, a companhia corre o risco de perder vendas por falta de capacidade para atender a demanda. “Já perdemos vendas do Duster porque não tínhamos como fabricar”, admite Alain Tissier, vice-presidente da empresa.

O ritmo de produção da unidade paranaense já subiu de 45 carros por hora para o máximo de 47 veículos no mesmo intervalo. A companhia manteve o terceiro turno de trabalho iniciado no ano passado e intercala um sábado de produção com um sem. Ao todo, saem das linhas de montagem do complexo Ayrton Senna mil veículos por dia.

O aperto deve continuar até o fim do ano, quando as linhas irão parar por oito semanas para o aumento da capacidade produtiva. A ampliação é resultado do investimento de R$ 1,5 bilhão anunciado para a operação brasileira da companhia entre 2010 e 2015. Com o aporte, a capacidade da unidade local vai saltar das cerca de 220 mil unidades anuais para 310 mil.

A parada da fábrica ocorre entre 15 de novembro e 15 de janeiro de 2012. A interrupção total terá duração de seis semanas. Nas outras duas serão feitos testes na nova linha. Para atualizá-la, a companhia terá de abrir mão de um volume de produção significativo este ano, o que pode afetar o objetivo de expansão para 2012.

“A intenção é crescer em ritmo superior ao do mercado. Mas sabemos que o avanço não ocorrerá no mesmo ritmo do ano passado, em que nossas vendas tiveram alta de quase 30%”, explica Tissier. Segundo ele, os emplacamentos da marca devem avançar 10%, para até 220 mil unidades.

Para cumprir o objetivo, a partir de junho a companhia pretende formar mais estoques. A ideia é ter carros para atender a demanda do fim do ano, quando a produção estará parada. Outra estratégia é suspender algumas exportações, já que a segunda geração do Sandero começou a ser produzida no México e a fábrica da Colômbia iniciou a montagem do Duster. A medida deu um alívio de cerca de 8 mil carros para serem vendidos no mercado nacional este ano.
por Giovanna Riato

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