Saturday, June 16, 2012

Dilma defende o etanol brasileiro em meio a Rio+20

16/06/2012 Carros do Álvaro — Para presidenta, uso do combustível renovável ainda é uma das grandes saídas para um aumento da sustentabilidade ambiental.No momento em que o Brasil sedia a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), a presidenta Dilma Rousseff defendeu o uso mais intenso de fontes de energia renováveis. Ao participar da solenidade de entrega de um selo de qualidade às empresas do setor sucroalcooleiro que respeitam os direitos dos trabalhadores, na sexta-feira (15) no Palácio do Planalto, Dilma citou que 45% da matriz energética do Brasil vêm de fontes renováveis, enquanto a média internacional é 11%. E defendeu o etanol brasileiro.

“O Brasil hoje tem uma matriz energética das mais renováveis do mundo porque tem na sua composição, principalmente na matriz de combustível, o etanol. É bom que a gente sempre lembre que o mais difícil, no que se refere à energia renovável, é a substituição, complementação ou criação de novas tecnologias na matriz de combustível. É ela que explica por que maior parte do mundo tem uma matriz tão concentrada em fontes fósseis”, disse.

Importação do etanol elevada

Mesmo com o etanol sendo um dos principais produtos nacionais, com apoio expresso do poder público federal, poucos sabem que grande parte do que é utilizado hoje nos carros “flex fuel” por aqui é importado dos Estados Unidos (etanol produzido à base de milho). Para se ter uma ideia, em 2011 foram importados 1,1 bilhão de litros do combustível vegetal americano para abastecer a frota brasileira, segundo dados da Secretaria do Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e da União da Indústria de Cana de açúcar (Unica). Algo que deve aumentar muito no fechamento dos dados de 2012.

De acordo com Marcos Lutz, CEO da Cosan, uma das maiores empresas do setor, a grande questão está na alta produção do açúcar. “O Brasil hoje é o maior produtor global de açúcar, atendendo 70% da demanda mundial. Isso constroi uma concorrência muito grande com a produção de etanol e exige uma alta cota de investimentos na infraestrutura do setor”, afirmou.

Ainda de acordo com Lutz, esse tipo de aporte financeiro não é fácil pelo alto custo da construção de uma usina. “Para se ter uma ideia, uma nova usina custa por volta de R$ 1 bilhão. Para que possamos atingir 50% da demanda nacional com etanol produzido localmente, precisaríamos de 30 novas usinas por ano, nos próximos 10 anos”, concluiu o executivo.

Ministro diz que preço não terá aumento

Não é de hoje que o preço dos combustíveis no Brasil passa por um momento de alta movimentação. Porém, de acordo com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, não haverá reajuste da gasolina neste ano. A afirmação foi feita durante a inauguração do pavilhão de uma empresa estatal na Rio+20.

“Sei que esse é um assunto que vem atrapalhando um pouco a vida dos consumidores brasileiros. Mas todos eles podem ficar tranquilos. Não cedemos quando o preço do petróleo estava elevado e não cederemos agora”, disse o ministro. Além disso, Lobão também comentou sobre a questão do etanol. “Essa é outra questão complicada. Ainda sofremos com os efeitos da entresafra e do aumentou da produção do açúcar. Mas, estamos nos concentrando para que tudo se normalize”, concluiu.

Fonte: Agência Brasil / Via: Carsale

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